sábado, 28 de janeiro de 2012

NASCE O UNIVERSO


NASCE O UNIVERSO

Se para os ocidentais “no início era o Verbo”, para os chineses “no início era o Tao”. Simbólica, a cultura oriental afirma que o Tao não pode ser definido e o cosmos é uma manifestação do indefinível.
Segundo o taoísmo, antes do universo existia o nada e nele havia o Tao. Esse vazio foi fecundado pelo desejo de criação, expresso por duas forças complementares, as polaridades Yin e Yang, que, como dois sexos unidos, geraram a vida. Mesmo romântica, essa alegoria resume a explicação da filosofia taoísta para a criação do mundo.
O entrelaçamento contínuo dessas duas forças contrárias gera o Ch’i, a respiração cósmica, a energia primordial. O yin e o Yang são os pais do Universo e o Ch’i, o amor que os une. A representação simbólica do tão é um círculo dividido por uma linha sinuosa que delimita duas partes, uma preta e uma branca. Yin, a força feminina, é associada a cores escuras : é o lado passivo e suave do universo. Yang, a energia masculina, está ligada às cores vivas: é a face luminosa e dinâmica do cosmos.
Para representar estas energias os chineses associaram o Yin a uma linha interrompida (- -) e o Yang a uma contínua (_). Delas nascem dois filhos e duas filhas e, destes, oito descendentes que compõem os trigramas (sinais formados por três linhas) associados a cores, estações e fenômenos da natureza. São eles: Chiem (Céu), Tui (Lago), Li (Fogo), Chen (Trovão), Sun (Vento), Kan (água), Ken (Montanha) e Kun (Terra).
Combinados, os oito trigramas formam os 64 hexagramas (formados por seis linhas) do I Ching, que norteia toda a cultura oriental, da medicina ao Feng Shui.

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