domingo, 19 de junho de 2011

FILOSOFIA CHINESA DE CONFÚCIO E DE LAO TSÉ

FILOSOFIA CHINESA - CONFUCIONISMO E TAOÍSMO

Já ouvimos muito falar de que o ocidente não conseguiu compreender claramente a filosofia chinesa. Muitos pensadores orientais concordam que é impossível para a mente ocidental perceber sutilezas alheias a seu modo de pensar.
Quase todos os filósofos ocidentais adotaram uma abordagem parecida - geralmente levando em conta a receptividade de sua própria filosofia pela civilização ocidental. por isso não devemos nos deixar confundir por essa insistência na incompreensão mútua. A filosofia chinesa é diferente da ocidental - do mesmo modo como os chineses são diferentes dos europeus. Porém todos estamos compartilhando a mesma condição humana - e é isso que cada filósofo procura examinar. Ambas porém existem devido a uma queixa idêntica: a vida.
A filosofia chinesa como é conhecida surgiu no século VI a.C. e perdura até hoje. Durante este período desenvolveram-se as Cem Escolas, que eram tão diversas e divergentes como sugere o nome. Elas consistiam, em sua maioria, em filósofos errantes que viajavam pelos diferentes estados que mais tarde vieram a constituir a China. O filósofo estabelecia-se logo ao chegar e começava a dar conselhos filosóficos de algum tipo. Esses conselhos eram geralmente dados à corte e em geral consistiam em vários princípios que pretendiam auxiliar o governo do estado.
As filosofias produzidas pelas Cem Escolas eram geralmente irreconhecíveis como filosofia, segundo os padrões ocidentais. Com frequência essas filosofias eram pouco mais que uma "atitude diante da vida", elaborada com algumas palavras enérgicas ou enigmáticas. Sua filosofia verdadeira raramente era estruturada ou discutida de uma forma lógica e coerente e estava em geral mais associada a recomendações políticas ou religiosas.
O principal exemplo da primeira foi o confucionismo, e mais tarde o taoísmo. Estas logo se firmaram como as duas correntes dominantes do pensamento na filosofia chinesa. Mais tarde, ambas foram afetadas pelo surgimento da terceira corrente principal: o budismo.

CONFUCIONISMO
Os ensinamentos de Confúcio perduram, de uma forma ou de outra, até hoje. Pelo que pudemos observar, o confucionismo é essencialmente prático.
Trata de como se deve viver, no ambito pessoal e social. Por este motivo seus tópicos principais são a ética e a política. Há pouco especulação quanto ao significado e à natureza ultima da vida. A metafísica é praticamente ausente. esta foi uma realidade do neoconfucionismo em sua difusa forma atual.
O confucionismo mostrou que é possível conduzir a vida sem recorrer à especulação metafísica. Passado tres mil anos, o pensamento ocidental, ainda relutante e muito gradualmente, parece agora estar chegando à mesma conclusão.

TAOÍSMO
Taoísmo tem origem na palavra chinesa "Tao", que significa "o Caminho". Todos os filósofos tem suas opiniões a respeito do Tao, mas o taoísmo que conhecemos provém dos estudos do sábio Lao-Tsé e seu seguidor Chuang-Tsé. Lao-Tsé viveu no século VI a.C. porém quase nada se sabe a respeito de sua vida. Diziam que era um historiador e conselheiro religioso da corte dos Imperadores. Segundo a lenda, teve um encontro com Confúcio e não ficou nada impressionado. Mais tarde faria uma viagem ao ocidente, onde foi impedido de deixar a China sem antes escrever todos os ensinamentos sobre o Tao. Este livro recebeu o nome de Tao Te Ching. Lao Tsé partiu então para o ocidente e "ninguém mais ficou sabendo dele". Os ensinamentos dele eram complementares ao de Confúcio. Na opinião de alguns, esses dois filósofos tratam de campos inteiramente diferentes da busca humana, na concepção de outros, são absolutamente contraditórios em quase todos os aspectos.
Enquanto Confúcio ensinava o "Caminho do Homem", Lao Tsé ensinava o "Caminho da Natureza"
Segundo Lao Tsé, deveríamos nos harmonizar com o Tao tentando nos igualar a ele. Devíamos esvaziar nosso eu de interesses fúteis, viver nossas vidas com simplicidade e espontaneidade, sem nunca deixarmos de ser tranquilos.
Todos os direitos a: Paul Strathern

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